O produto que inaugurou a era dos descartáveis, hoje uma das molas da economia de mercado, foi concebido no final do século XIX nos Estados Unidos. Em 1895, King Camp Gillette, funcionário da Companhia de Selos de Baltimore, idealizou um aparelho que iria revolucionar para sempre o ato de barbear. O sistema, muito mais prático que a navalha, carente de amolações constantes, era de longa durabilidade e utilizava lâminas descartáveis. O segredo não era propriamente o aparelho, e sim a lâmina, uma camada fina de aço afiada dos dois lados, que poderia ser usada algumas vezes e depois substituída. Era ótimo, mas faltava a tecnologia para a produção, que somente foi conseguida seis anos depois, quando Gillette encontrou um sócio: William Nickerson, engenheiro mecânico, acreditou no potencial de mercado da lâmina de barbear e decidiu fabricá-la. Em 1901 foi fundada em Boston a Gillette Safety Razor Company, que levou dois anos para colocar lâminas e aparelhos à venda. Em 1903 foram vendidos 51 aparelhos de barbear e 168 lâminas. No ano seguinte os números traduziam o sucesso: 90 000 aparelhos e cerca de 12 milhões de lâminas. Na Primeira Guerra Mundial, Gillete teve outra idéia para difundir o produto: enviou para cada soldado americano no front um aparelho. Na volta, muitos acabaram adquirindo o hábito de barbear-se em casa, ao invés de irem ao barbeiro. Durante mais de seis décadas, a embalagem consistiu numa caixa de papel cartão com cinco lâminas, embrulhadas uma a uma.
Troféu João Sasaki 2017 - 400 metros
Há 7 anos
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