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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Criação do "branquinho"

A secretária americana Bette Nesmith Graham, em 1951, inventou um meio para corrigir erros de datilografia sem rasuras. O produto, batizado de Mistake Out, era um líquido branco para ser passado com um pincel de esmalte de unha por cima da palavra datilografada incorretamente. A idéia agradou e outras secretárias começaram a usar o produto. Em 1956, Bette fundou a Mistake Out Company e no mesmo ano trocou o nome do produto para Liquid Paper. A produção era feita manualmente. A primeira fábrica foi adquirida em 1968. Em outubro de 1979, o negócio foi vendido para a Gillette por 48 milhões de dólares mais os royalties de todas as embalagens vendidas até o ano 2000, quando a divisão Paper Mate da Gillette foi vendida para a Newell Rubbermaid. Bette Graham morreu em 1980, aos 56 anos de idade. No Brasil, o produto foi carinhosamente apelidado de “Branquinho”.

O primeiro comercial da história

Inventado em 1895, o cinema rapidamente atraiu milhares de curiosos para as salas de exibição. Algum tempo depois de conhecer a novidade na Feira Mundial de Bruxelas, em 1897, Edouard Cointreau, criador do famoso licor que leva seu sobrenome, encomendou aos irmãos Lumière o que viria a ser o primeiro filme publicitário da história. Nele, após recusar vinho e champagne, o Pierrot (mascote da marca criado em 1898) pede por Cointreau. A jornada imaginária começa com sonhos do personagem: uma imagem sobreposta mostra uma mulher que parece estar se despindo. É difícil precisar a data de criação do filme, que teria sido rodado entre 1898 e 1899.

Além do sorvete

Marca líder em sorvetes, a Kibon, hoje pertencente à Unilever, já foi fabricante de outras guloseimas. Nas décadas de 1950 a 1970, os famosos carrinhos amarelos da marca vendiam os chocolates Ki-Bamba, Ki-Leite, Ki-Coco, Ki-Passas, Ki-Coisa e Lingote, além das balinhas coloridas Delicados, amendoim coberto com chocolate e jujubas. Os sorvetes da Kibon eram Já-já, de coco; Ka-lu, de abacaxi; Ton-bon, de limão; e os célebres Chicabon e Eskibon (na época, Chica-bon e Eski-bon, com hífen).

Com um impulso da Nasa

A Nasa, agência espacial americana, foi a grande responsável pelo sucesso do Tang. O suco instantâneo em pó para ser misturado na água foi inventado em 1957 por pesquisadores da General Foods Corporation, liderados por William A. Mitchell, e lançado nos EUA em 1959 no sabor laranja, mas não caiu no gosto dos consumidores. Tang só começou a fazer sucesso em 1965, quando a Nasa adotou o produto nas missões espaciais, com o objetivo de deixar a água dos astronautas mais saborosa. No início, o produto era acondicionado apenas em potes de vidro. A versão em sachê foi criada justamente para vôos espaciais tripulados. O nome vem da China, onde um dos significados da palavra “tang” é açúcar, substância abundante no suco em pó, que foi lançado no Brasil em 1978.

De papo de boteco a unanimidade.

Antes de 1960, havia dois tipos de garrafas de cerveja no Brasil: as verdes e as de cor âmbar. Dizem os boêmios daquela época que as de “casco escuro” eram melhores que as de “casco claro”. Se viesse uma cerveja de “casco verde”, era rejeitada imediatamente pelos experts de plantão nos botecos. Isso porque, diz a lenda, as cervejas fornecidas em garrafas claras tinham qualidade inferior. Uma das primeiras marcas a usar apenas o “casco escuro” foi a Faixa Azul, da Cia. Antarctica Paulista. Depois de o mercado acostumar-se com a referência de que a garrafa âmbar era sinal de boa cerveja, todos os demais fabricantes passaram a envasar suas bebidas nessas embalagens. Tanto que nas propagandas da época, os cascos que apareciam eram sempre os escuros.

A origem do coador de papel.

Em 8 de julho de 1908, uma dona de casa alemã criou um utensílio que mudou a forma de tomar café no mundo: o coador descartável. Como recebia queixas de seu marido quanto ao gosto do café que preparava, ela percebeu que a causa era o resíduo acumulado dos preparados anteriormente no coador de pano. Melitta Bentz (era esse seu nome) recortou um pedaço redondo de mata-borrão e com ele cobriu o fundo de uma caneca de latão na qual fizera vários furos. O resultado foi o primeiro filtro de papel do mundo.

A inovação só chegou ao Brasil sessenta anos depois, junto com os porta-filtros de plástico que passaram a ser produzidos pela indústria que se fortaleceu com o nome de Melitta, hoje uma das maiores exportadoras mundiais de café processado. Aqui, o sucesso da empresa levou-a a adquirir, em 1977, a Celupa – Industrial Celulose e Papel Guaíba. Só então o Brasil atingiu a auto-suficiência em papel filtrante.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Acholotados em pó,

O pioneiro foi o Toddy....
O imigrante espanhol Pedro Santiago, que trabalhava nas lavouras de cacau de Porto Rico, criou em 1930 o achocolatado em pó Toddy. Ele desenvolveu um produto com as características de duas bebidas: a escocesa Toddy, à base de mel, creme de leite, gema de ovo e uísque; e a caribenha Rum Toddy, feita com melaço de cana, rum e cacau. O Brasil foi o quarto país do mundo a receber o produto: em 15 de março de 1933 Pedro Santiago recebeu a permissão do governo de Getúlio Vargas para comercializar o Toddy. A lata de aço que acondicionava o achocolatado aparecia nos anúncios da época, que destacavam o apelo à saúde.



...mas aqui o Nescau chegou antes
Desenvolvido inteiramente no Brasil, o então Nescao foi lançado em 1932 pela Nestlé. O achocolatado era recomendado pela empresa às mães preocupadas com a nutrição dos seus filhos. Na década de 1950, campanhas em revistas ressaltavam o benefício de Nescao para o crescimento das crianças. Em 1955, o nome foi mudado para Nescau. Nescao, na grafia original, era a síntese de “Nestlé” com “cacao”, matéria-prima do produto. Com esse mesmo nome foi lançado na Itália, na Espanha, na Argentina e na França. A embalagem original era uma lata de aço. Hoje, o produto existe no Brasil e na Argentina.

Você sabia?
Que o Ovomaltine, criado na Suíça em 1904, tem esse nome em todo o mundo? Mas quando chegou à Inglaterra, em 1909, houve um erro no registro da marca e o produto é vendido como Ovaltine no país até hoje?

Desodorante spray, mais uma invenção brasileira

Você sabia?
Que a embalagem spray para desodorantes foi inventada no Brasil, já dominou mais de 90% do mercado e hoje acondiciona 39% dos desodorantes no país?

Chicabon

Lançado em 1942 e sinônimo de sorvete de chocolate, o Chicabon completa 65 anos. Inicialmente, a marca era produzida pela U.S. Harkson do Brasil, que adotava o nome fantasia de Sorvex-Kibon. A assinatura Kibon passou a integrar as embalagens apenas em 1950. Diz a lenda que o nome Chicabon foi uma homenagem de John Kent Lutey, dono da Harkson, a uma mulata do Morro da Mangueira, no Rio de Janeiro (onde ficava a fábrica), chamada Francisca, a “Chica”, cuja beleza o encantava.

Ao longo dos anos, Chicabon passou por diversas modificações, no visual e no sabor. Para marcar os 65 anos do sorvete, a fórmula original, de chocolate e malte, foi ressuscitada e embalagens comemorativas acabam de ser criadas pela Matriz Escritório de Desenho.

Supermercado

Em meados da década de 1920, trabalhando na Kroger Stores, uma cadeia de pequenas mercearias, o americano Michael J. Cullen desenvolveu a idéia de uma loja espaçosa, com prateleiras para clientes se auto-servirem de mercadorias pagas na saída da loja, em caixas expressos. Entusiasmado, Cullen escreveu uma carta ao presidente da Kroger contando sua idéia, mas não obteve resposta. Demitiu-se e investiu na idéia, abrindo em 1930, em Nova York, o King Kullen – considerado o primeiro supermercado do mundo. Seis anos depois, quando Cullen morreu subitamente, o King Kullen já tinha dezessete lojas e um faturamento anual de 6 milhões de dólares, uma fábula para a época.


Rapadura.

Você sabia?

A marca “Rapadura” foi registrada pela empresa alemã Rapunzel nos Estados Unidos e na Alemanha. A patente impede que os produtores brasileiros exportem o doce de cana-de-açúcar com a marca “Rapadura” para esses dois países.


Economia de papél.

Você sabia?

Há pouco tempo, a maioria das marcas de sabão em pó substituiu as caixas estreitas e altas de 1 quilo por uma em forma de “paralelepípedo”, mais larga e mais baixa. Com a mudança, foi mantido o mesmo volume interno nas embalagens, mas a quantidade de papel cartão utilizado foi reduzida em quase 15%.



Arroba ( @ ) Da Idade Média para a internet

Por que o símbolo de uma medida de peso tão antiga quanto a arroba (15kg) está presente no mais veloz dos meios de comunicação, a internet, e de forma onipresente na mídia, inclusive em embalagens? Em português e espanhol o símbolo, usado para indicar endereços no correio eletrônico, não exprime o significado que tem em inglês num e-mail – at, para “em”. Como conta Reinaldo Pimenta no livro A Casa da Mãe Joana, em 1972, ao desenvolver o primeiro programa de correio eletrônico, o americano Roy Tomlinson utilizou o sentido de @, disponível no teclado, entre os nomes do usuário e do provedor. Assim, em inglês, “fulano@provedor X” ficou significando “fulano no provedor X”. O símbolo nasceu na Idade Média, quando os livros eram escritos à mão pelos copistas. Resultava do entrelaçamento das letras “a” e “d” e substituía a preposição latina ad, que tinha, entre outros, o sentido de “casa de”. O sinal gráfico permaneceu na imprensa, foi incorporado ao teclado da máquina de escrever e daí ao do computador.

Sujismundo, personagem adiante de seu tempo .

Em 1972, o governo militar iniciou uma campanha educativa para incentivar a higiene e manter limpas as cidades brasileiras. A estrela dos comerciais do Ministério da Saúde era o personagem Sujismundo, um cidadão muito simpático, mas que andava sempre sujo e jogava na rua as embalagens do que consumia. Vivia doente. A idéia da campanha, que tinha o slogan “Povo desenvolvido é povo limpo”, era que Sujismundo fosse um exemplo de mau comportamento. O personagem foi criado por Ruy Perotti (1936-2005), protagonizou campanhas por alguns anos e chegou a ter sua própria revista em quadrinhos. Com a conscientização ambiental à toda, hoje Sujismundo certamente teria muito mais espaço do que em seu tempo.

E assim nasceu o Band Aid

Quando se casou, em 1917, o jovem Earle Dickson, comprador de algodão da Johnson & Johnson em Nova Jersey, voltava do trabalho e encontrava sua esposa, Josephine, com cortes e queimaduras nas mãos, decorrentes de sua inexperiência na cozinha. Como cabia a ele fazer os curativos, certa vez resolveu deixar alguns prontos, para a mulher usar quando precisasse. Todas as manhãs ele preparava bandagens, colocando almofadas de gaze e algodão sobre fitas adesivas. Em 1920, Dickson comentou sobre a invenção com um colega de trabalho, que levou a idéia aos irmãos Johnson, donos da empresa. Em 1921 a J&J produziu nos Estados Unidos o primeiro curativo industrializado com o nome Band Aid, utilizando o mesmo princípio dos rótulos auto-adesivos. Earle Dickson foi promovido e mais tarde se tornou vice-presidente da Johnson & Johnson, até aposentar-se, em 1957. No Brasil, o produto começou a ser vendido em 1947, com o nome de Pronticura e a chancela Band Aid.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

VOCÊ SABIA?

- Kuat, a marca do guaraná da Coca-Cola, significa “noite de lua cheia” em tupi-guarani.

- O Brasil possui 50% das reservas de água mineral do mundo, mas é o oitavo produtor, com 7,7 bilhões de litros anuais, e o nono colocado em receita, com 1,9 bilhão de euros (R$ 4,35 bilhões). Esse é o faturamento de uma única marca global, a Aquafina, da Pepsi.

- A primeira patente de embalagem feita de folha-de-flandres foi registrada em 1825 por Thomas Kensett, hoje conhecido como “pai da indústria da lata de aço”.

Idéia simples, mas foi preciso tê-la.

A água mineral em copo é uma invenção 100% brasileira, surgida em ano impreciso da década de 1970. Seu criador foi Jacques Siekierski, então proprietário da Itap. Ele acreditava tanto no potencial da inovação que propôs à Poá, primeira empresa a quem apresentou a idéia, que só pagasse os equipamentos de acondicionamento, por ele importados, se o lançamento fosse bem sucedido. Por vários anos, até o surgimento das garrafas de PET, a embalagem fechada com uma folha de alumínio predominou no mercado de água mineral no Brasil.

Uma história de baralho



Quando se pensa em jogos de baralho no Brasil imediatamente vem à lembrança a marca Copag, da fábrica de mesmo nome. A empresa foi fundada pelo gráfico Albino Gonçalves em 1908, em São Paulo. Nos primeiros anos atuou como importadora de cartas. Somente em 1918 passou a produzir seu próprio baralho, sendo pioneira na fabricação de cartas para jogos no Brasil. Hoje, a Copag tem amplas instalações no complexo industrial de Manaus (AM) e é uma das principais fornecedoras dos maiores cassinos de Las Vegas. As duas letras finais da marca são mera coincidência com as iniciais do nome do fundador da empresa. Na verdade, ela é um acrônimo formado por letras iniciais da razão social de Companhia Paulista de Artes Gráficas.

História interessante.



Referência em gomas de mascar, a Chiclets, aquela das inconfundíveis caixinhas de papel cartão, foi nacionalizada no início da década de 1940, quando sua dona Adams abriu uma fábrica em São Paulo. No início, boa parte do fechamento e da colagem das caixinhas era manual. Isso gerou um gargalo por volta de 1954, quando houve um boom inesperado do consumo de chicles. Houve mês em que se vendeu meio milhão de caixas (um espanto para a época), os pedidos não paravam e a fábrica começou a operar em três turnos. Logo se descobriu a razão do estouro. Ocorria, então, grande escassez de moedas, e o varejo usava o Chiclets como troco. Mesmo depois que as moedas reapareceram, muitos clientes continuaram com o costume de pedir o troco em Chiclets, pois tinham adquirido o hábito de mascar. O uso do Chiclets como moeda de troco, com anuência da Adams, foi até mote para anúncios, como o que se vê ao lado, da J.W. Thompson, datado de 1976 - na época, a goma ostentava um "e" depois do "t" em seu nome.

Você sabia?

Caneta BIC

A tecnologia da caneta esferográfica, inventada em 1935 pelo húngaro Laszlo Biro, foi vendida ao francês Marcel Bich, que deu seu sobrenome à marca. Como pretendia exportar para os Estados Unidos, o H do final foi suprimido. Em inglês, bich tem a pronúncia parecida com bitch, um pesado palavrão.


Nike


O logotipo da Nike representa as asas da deusa grega de mesmo nome, que representa a vitória. O logo foi criado por uma estudante de design recém-formada, Caroline Davidson, em 1971. Ela recebeu 35 dólares pelo trabalho.

VOCÊ SABIA?

* A receita do café tipo cappuccino foi criada nos anos 1940, na Itália, a partir da mistura de pó de grãos nobres, leite vaporizado, açúcar e canela em pó. O nome se deveria à semelhança entre a cor da bebida e a da vestimenta dos monges capuchinhos, ou cappuccini em italiano (no singular, cappuccino).

* A Cervejarias Kaiser Brasil, hoje Femsa Cerveja Brasil, foi a primeira cervejaria a estampar um número de atendimento ao consumidor em seus rótulos. Foi em 1992.

VOCÊ SABIA?

A secular figura da camponesa suíça em seus trajes típicos que ilustra as latas do Leite Moça, da Nestlé, foi substituída uma única vez no Brasil. Em 1932 a jovem teria sido trocada por desenhos alusivos à Revolução Constitucionalista. Foi a forma que a empresa encontrou de incentivar as tropas paulistas.

VOCÊ SABIA?




Em diferentes países, em média 1% dos entrevistados, ao serem perguntados, em pesquisas, sobre qual a primeira marca de leite que lhes vem à lembrança, respondem: “De vaca”.

O chicle de bola.




Foi inventado pelo cientista especializado em alimentação William A. Mitchell, que nos 35 anos em que trabalhou na gigante americana General Foods conseguiu registrar mais de setenta patentes de produtos. Entre eles estavam o refrigerante em pó instantâneo Tang e a gelatina Jell-o.

VOCÊ SABIA?

• O nome da maionese foi dado na ocasião de sua criação, em 1756, pelo inventor do molho, o chefe de cozinha do Duque de Richelieu. Era uma homenagem à vitória do duque francês sobre os ingleses na batalha do Porto de Mahon, de onde se originou “mahonnaise”.


• Já o nome do destilado francês calvados, obtido da sidra, derivaria de El Calvador, navio integrante da Invencível Armada espanhola que naufragou em 1588 num ponto da costa da Normandia. A carcaça encalhada da embarcação virou referência para os apreciadores da bebida produzida na região.

Invenção de brasileiro. Tampa abre-fácil




A tampa Abre-Fácil para latas e copos, que dispensa instrumentos para ser aberta, tem sua origem ligada a uma criação brasileira em embalagem: o copo reutilizável de vidro. Este foi idealizado por Plínio de Paula Ramos (1927-1999), um vendedor da vidraria Nadir Figueiredo, mais de cinqüenta anos atrás. Ele imaginou a solução ao observar que nas vendas de beira de estrada as pessoas tomavam água em latas de extrato de tomate, como se fossem canecas. “Por que não copos?”, pensou. Depois de quatro anos de tentativas, a novidade estreou na década de 1950, com geléias da Cica. Tinha na borda uma virola, como as garrafas de cerveja, para permitir a recravação ds tampa – da Metalgráfica Rojek, que apostou na idéia e hoje tem a patente mundial da Abre-Fácil, comercializada, sobretudo em latas, em diversos países com o nome de dot top, em inglês.

Canudinhos.



Os primeiros canudinhos industrializados para bebidas apareceram em 1888. Foi quando o americano Marvin Stone, dono de uma fábrica de piteiras de cigarros, patenteou um processo de fabricação de canudos por meio de espirais de papel revestido com parafina. Até então, os canudinhos na boca do povo eram naturais, de cânulas de hastes de centeio. Numa série de adaptações, o processo concebido por Stone para canudinhos ajudaria nos desenvolvimentos futuros de uma série de produtos - de rádios e motores elétricos a fogos de artifício, cilindros para papel higiênico e embalagens cartonadas multifoliadas, as populares "latas celulósicas". São esses itens, hoje, as reminiscências dos canudinhos de papel: em meados dos anos 60, eles foram aposentados pelos canudinhos plásticos.

Bom senso.



Vício de gerações e gerações de crianças brasileiras, os Cigarrinhos de Chocolate ao Leite da Pan - Produtos Alimentícios Nacionais, de São Caetano do Sul (SP), surgiram em 1947, inspirados em similares europeus. O doce era envolto por uma imitação de cigarros reais - de papel laminado, com direito até a um filtro laranja impresso - e vendido em "carteiras" de papel cartão que ficaram célebres. Vermelhas, traziam ora um garotinho negro, ora um branco posando com um cigarrinho entre os dedos. Ficaram assim de 1952 a 1996, quando a Pan cedeu à onda antitabagista. Os Cigarrinhos tornaram-se Rolinhos Chocolate ao Leite e sumiram das mãos dos garotos-propaganda nas caixinhas, dando lugar a um sinal de positivo. Outros retoques foram feitos até o fim de 2002. Nessa época, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a comercialização de alimentos alusivos ao cigarro. Os cigarrinhos de comer viraram fumaça.

Como surgiu o nome Whisk (uisque)




A mais antiga destilaria de uísque – ainda em plena produção – fica em Bushmills, no condado de Amtrim, na Irlanda. A primeira licença para ali produzir Uisce Beatha, ou “água de vida”, em irlandês, data de 1608, mas a tradição de destilação da bebida no local remonta a 1276, conforme documentos da época. Mas as origens da bebida se perdem na bruma do tempo, e os irlandeses reivindicam para si a primazia da destilação. De fato, há registro de que já em 1170 os soldados do rei Henrique II da Inglaterra voltaram alegremente de uma incursão à Irlanda com o hábito de tomar o destilado cujo nome, por não saberem pronunciar, virou Uisce, depois Fuisce e, finalmente, Whiskey.

O VÔO DA CANARINHO



A camisa que “acondiciona” os craques de altíssimo valor de nossa seleção de futebol, teve como designer o gaúcho Aldyr Garcia Schlee. Hoje um tarimbado escritor, Schlee, à ocasião da criação, tinha apenas 19 anos e trabalhava como chargista e ilustrador – costumava, por exemplo, desenhar reproduções de gols para revistas e jornais, tradição que sucumbiu ao uso das fotografias. Era 1953, e a Confederação Brasileira de Desportos (CBD), antiga CBF, na ânsia de aposentar a camisa branca com gola azul usada até o “maracanazo” da Copa de 1950, quando o Brasil perdeu de forma traumática a final, em casa, para os uruguaios, promoveu um concurso para obter uma nova farda para o escrete brasileiro. A única exigência era que a camisa se ativesse às cores da bandeira. De diversos esboços de Schlee, a CBD pinçou a camisa mais limpa, na qual prevalecia o amarelo “canarinho”

As primeiras máquinas de venda automática.




Surgiram em Londres, há mais de 120 anos, operando com cartões postais e livros. Em 1888, desembarcaram nos Estados Unidos, vendendo chicles sabor tutti-frutti da Adams. Logo viraram febre, passando a comercializar de selos e cigarros a refrigerantes, chocolates, sanduíches e salgadinhos. Tal foi o entusiasmo que até originaram um restaurante totalmente operado por moedas, o Horn & Hodart, na Filadélfia, aberto em 1902. Esse paraíso das vending machines foi fechado em 1962. Logo depois da II Guerra foi montado um deles em São Paulo, o Automático. Não durou um ano.

Margarina, quem inventou?






A margarina foi inventada em 1869, quando Carlos Luís Napoleão Bonaparte, ou Napoleão III (1808-1873), sobrinho-neto de Napoleão I, instituiu um prêmio a quem descobrisse um produto capaz de substituir a manteiga, cada vez mais cara na época na França. O físico Hippolyte Mège Mouriès ganhou-o ao conseguir produzir uma nova gordura, à base de sebo de boi e leite. Por ter aspecto perolado, o produto foi batizado como margarina, palavra derivada do grego “margaron”, ou pérola, em português. Com a descoberta da hidrogenação, o que era uma gordura líqüida passou a ser uma pasta cremosa. Hoje, a margarina é produzida a partir da gordura de origem vegetal, acrescida de corantes, estabilizantes e conservantes químicos.

ACME




Quem não se lembra da ACME, a fictícia fabricante das inúmeras engenhocas utilizadas pelo Coiote, sempre em vão, para capturar o Papaléguas no antigo desenho da TV? Reza a lenda que Chuck Jones, o pai do cartum, tirou esse nome de antigos livros didáticos americanos, que usavam-no para designar empresas fictícias em seus exemplos. Nesse caso, alguns dizem que o nome seria sigla para A Company Manufacturing Everything (“Uma Empresa Fabricando Tudo”, em português). Outros defendem que a inspiração foi a ACME do magazine Sears, Roebuck & Co., que fazia sucesso no início do século passado como marca guarda-chuva de produtos como pés-de-cabra e bigornas.

UM USO INCOMUM PARA O O PAPELÃO ONDULADO




Além de matéria-prima indispensável para embalagens de transporte, o papelão ondulado vem sendo usado em diferentes países para um fim inusitado: produção de urnas funerárias. Ao menos para quem não planeja enterros suntuosos, caixões de papelão ondulado apresentam duas vantagens em relação aos de madeira: são mais baratos e consomem menos recursos naturais. Seu uso ainda é restrito, mas há quem acredite que, com o lançamento de modelos incrementados, essa situação mudará. A DS Smith Packaging, tradicional empresa britânica do ramo de embalagens celulósicas, por exemplo, está investindo na fabricação de um féretro mais requintado. Montado por encaixes, suporta até 125 quilos de peso e possui fundo resistente a líqüidos. Lançado no ano passado, é indicado para cremações e enterros, e, segundo a empresa, tem tido boa aceitação no Reino Unido e na África do Sul.

A invenção do bambolê.



Pouco depois da II Guerra, a Philips resolveu entrar num novo negócio: plásticos. Criou o polipropileno cristalino e uma variável de polietileno, que ganharam o nome comercial Marlex. Logo os produtos passaram a ser utilizados pelas mais diversas indústrias. Na de brinquedos, o Marlex gerou uma febre quando, em 1958, a Wham-O lançou o hula hoop, um aro de polietileno para girar na cintura. Em três meses foram vendidos 3 milhões de unidades, a menos de 2 dólares. Em um ano, 100 milhões. O hula hoop ganhou o mundo. No Brasil, rebatizado bambolê pelo publicitário Hugo Maia, foi lançado pela Estrela, no mesmo ano que nos EUA. Vendeu mais de 200 000 unidades em cinco meses. Hoje, raras crianças desejam o bambolê. Com muito jogo de cintura, a Wham-O continua a fabricá-lo.



O primeiro plástico.




Dá-se como certo que o primeiro plástico da história foi o celulóide, criado em 1868 por John Wesley Hyatt. Mas há notícia de uma receita para a produção de um material similar com mais de 400 anos. Foi elaborada por volta de 1570, quando o mercador suíço Bartholomäus Schobinger se encontrou com o monge beneditino bávaro Wolfgang Seidel na casa de um nobre alemão. O religioso, que era também editor de textos científicos, falou de um alquimista cujos escritos publicara, entre eles um sobre “o segredo para criar um material transparente semelhante a um belo chifre”. A receita mandava cozinhar um queijo de cabra durante um dia inteiro. Depois de resfriado, retirava-se o líqüido leitoso que ficava flutuando, aproveitando-se apenas o resíduo pastoso no fundo da vasilha. Schobinger e o monge aperfeiçoaram a receita. Na nova fórmula, adicionava-se água, cozinhava-se novamente e agitava-se até separar a água e a pasta. Com essa substância viscosa e “transparente como chifre” – caseína – moldavam-se, a quente, talheres, medalhões e outros objetos. Além da incipiente transparência, assemelhava ao vidro em outro aspecto: se caísse ao chão, despedaçava-se.

O primeiro plástico.




Dá-se como certo que o primeiro plástico da história foi o celulóide, criado em 1868 por John Wesley Hyatt. Mas há notícia de uma receita para a produção de um material similar com mais de 400 anos. Foi elaborada por volta de 1570, quando o mercador suíço Bartholomäus Schobinger se encontrou com o monge beneditino bávaro Wolfgang Seidel na casa de um nobre alemão. O religioso, que era também editor de textos científicos, falou de um alquimista cujos escritos publicara, entre eles um sobre “o segredo para criar um material transparente semelhante a um belo chifre”. A receita mandava cozinhar um queijo de cabra durante um dia inteiro. Depois de resfriado, retirava-se o líqüido leitoso que ficava flutuando, aproveitando-se apenas o resíduo pastoso no fundo da vasilha. Schobinger e o monge aperfeiçoaram a receita. Na nova fórmula, adicionava-se água, cozinhava-se novamente e agitava-se até separar a água e a pasta. Com essa substância viscosa e “transparente como chifre” – caseína – moldavam-se, a quente, talheres, medalhões e outros objetos. Além da incipiente transparência, assemelhava ao vidro em outro aspecto: se caísse ao chão, despedaçava-se.

O VOCÊ SABIA?

* Skol vem de skål, ou “taça” em dinamarquês. A palavra é usada como saudação na hora do brinde, como “saúde” no Brasil.

* Os óculos Ray-Ban foram desenvolvidos na década de 30 para proteger a visão dos pilotos de caças americanos dos raios solares.

* Jipe é o som da pronúncia em inglês das iniciais G.P., de general purpose – “uso geral”, como os carros 4x4 eram chamados nos anos 40. Daí jeep, que virou jipe, aportuguesado. Jeep é também o nome do cachorro do Popeye.

Como surgiu o bocó?



Muito tempo atrás era comum ver franceses carregando seu boucaut, um primitivo cantil feito de couro de bode (bouc, em francês). Na Espanha, ele ganhou o nome de bocoy. Quando chegou ao Brasil, essa “embalagem” sofreu duas modificações: passou a ser feita pelos colonos com couro de tatu e a ser chamada, carinhosamente, de bocó. O bocó não tinha tampa e ficava sempre aberto. Daí seu nome passou também a ser utilizado para designar a pessoa boba, palerma, sempre pasma e de boca aberta.


DAS MARCAS SINÔNIMOS DE PRODUTOS



Poucos devem saber, mas fórmica não é designação genérica daqueles laminados decorativos utilizados como acabamento em mobília e na construção civil. Trata-se, na verdade, de mais um dos incontáveis casos em que uma marca, de tão notória, acabou virando sinônimo do produto. A Formica foi uma invenção de 1913 do engenheiro americano Dan J. O’Conor. No início, ela surgiu como matéria-prima para a construção de isolantes elétricos. À época, o material comumente utilizado para tal fim era a mica. O produto era um substituto para a mica, ou “for mica”, no inglês, e daí o nome. Anos mais tarde, a Formica passou a ser utilizada nos laminados decorativos, que, gradualmente, tornaram-se o principal negócio da fabricante, ou core business, como reza a língua inglesa. No Bra-sil, a detentora da tecnologia e dos direitos de uso da marca (que, registre-se, figurava entre as dez mais conhecidas no mundo no fim dos anos 80) é a paulista Formiline Indústria de Laminados, líder do mercado nacional de… fórmica.



Como surgiu a AVON?



Era 1886 quando o nova-iorquino David McConnell começou a vender livros de porta em porta para custear seu bacharelado. Reza a lenda que a maioria dos visitados o enxotava de suas casas. Uma idéia então teria lhe ocorrido: presentear quem comprasse seus livros com um perfume de óleo de rosas, criação dele mesmo. Subitamente, as vendas dos livros dispararam. Motivo? O vidrinho com o qual brindava os clientes. McConnell abandonou os livros e criou a California Perfume Company, já com a estratégia do recrutamento das hoje chamadas consultoras para vendas porta-a-porta com catálogo. Em 1939, após a morte de seu fundador, o nome da empresa mudou para Avon, uma homenagem ao dramaturgo inglês William Shakespeare, natural da cidade de Stratford-upon-Avon e autor preferido do ex-livreiro. A chancela aportou no Brasil em 1959.

Curiosidades do sabão em pó OMO.



...É a junção das iniciais de Old Mother Owl ("velha mãe coruja"), nome original do produto?

...Veicula anúncio de revista ou comercial de TV no Brasil em todos os dias do ano?

...Foi o primeiro detergente em pó lançado na cor azul, em 1957, por causa do hábito brasileiro
de usar anil para realçar o branco das roupas?

...Utiliza, anualmente, 365 milhões de embalagens? Se empilhadas, as caixas formariam uma fila de 98000 quilômetros, distância suficiente para dar duas voltas e meia ao redor da Terra.

Quem criou o Dia das Mães, nunca teve filhos.



Nascida numa pequena cidade da Virgínia Ocidental, nos Estados Unidos, a filha de pastores Anna Jarvis (foto) iniciou, em 1905, um movimento para instituir uma data comemorativa em homenagem às mães. Era um juramento que ela havia feito no leito de morte à sua mãe, Ann Marie Reeves Jarvis, que tivera a idéia original do feriado. Cinco anos mais tarde, em 1910, o Dia das Mães foi incorporado ao calendário de comemorações da Virgínia Ocidental, no dia 26 de abril. Em 1914, o então presidente americano, Woodrow Wilson, unificou a data em todos os estados, estabelecendo que ela deveria ser comemorada sempre no segundo domingo de maio – sugestão da própria Anna Jarvis. Rapidamente, mais de quarenta países aderiram à data. Anna, porém, ficou frustrada com o fato de o dia ter se tornado mote para explorações do comércio. Em 1923, ela entraria com uma ação judicial para cancelar o Dia das Mães, mas não obteve sucesso. A mãe da festiva data morreu em 1948, aos 84 anos, sem nunca ter tido filhos.

Julius Maggi. (do caldo de galinha)




A industrialização maciça no século 19 gerou um problema para os europeus: os operários, outrora camponeses, não tinham mais como obter seus próprios alimentos e nem tempo para preparar refeições balanceadas. Doenças e uma alta mortalidade infantil surgiram da alimentação precária. Autoridades, então, incumbiram o suíço Julius Maggi (foto), um dono de moinhos, de criar uma base para uma sopa popular e nutritiva a partir de farinhas de leguminosas. Em 1884, Maggi lançou sua primeira mistura para preparo rápido de sopas, a qual aprimoraria em 1886. Foi um sucesso. Também em 1886 ele lançaria outro produto que faria história, o tempero para sopas, em uma vistosa garrafa âmbar. O tempero Maggi é considerado o primeiro produto de marca genuíno do mundo. Sua receita original continua em segredo até hoje, e sua embalagem pouco mudou em mais de cem anos. Na virada do século, Maggi lançaria os caldos desidratados em cápsulas e cubos, mais um invento que contribuiria para fazer da conveniência um rentável filão da indústria alimentícia.



DE QUANTOS VOCÊ SE LEMBRA?





Fato inquestionável: a força que a marca Coca-Cola tem hoje não foi conseguida ao acaso. A gigante americana sempre investiu pesado em propaganda, o que pode ser medido, entre outros aspectos, pelo recall de seus slogans. Reproduzimos, abaixo, aqueles utilizados no Brasil, para os suspiros dos mais nostálgicos.

1942 / 1950: A pausa que refresca

1951 / 1965: Isto faz um bem
1966 / 1971: Tudo vai melhor com Coca-Cola
1972 / 1976: Isso é que é
1977 / 1982: Coca-Cola dá mais vida
1983 / 1989: Coca-Cola é isso aí
1989 / 1993: Emoção pra valer
1993 / 1999: Sempre
2000 / 2001: Curta Coca-Cola
2001 / hoje: Gostoso é viver.

Por que os nobres cheiravam rapé?



No Brasil ainda se aspira pelo nariz certo pó industrializado, vendido em doses de 5g, com vistas a acelerar um efeito causador de bem-estar físico, outrora conhecido pelo horrível nome de "esternutação". O costume de cheirar tabaco em pó, ou rapé, para obter aquele resultado foi adquirido dos indígenas pelos colonizadores portugueses nos primórdios da brasilidade. Viria a ser moda nos salões elegantes da Europa, onde nobres, burgueses e cocotes tomavam suas prises a fim de alcançar o "efeito esternutatório" – ou, num sinônimo mais palatável, "espirrar". Antigamente, acreditava-se que isso ajudaria no combate à sinusite e a outras doenças respiratórias. A ciência rechaçaria essa crença, mas cheirar rapé era, no mínimo, chic. Embora não desfrute da popularidade de outrora, o pozinho ainda possui adeptos. Os mais puristas o acondicionam em corrimboques, pontas ocas de chifres de boi fechadas com rolhas esculpidas e decoradas. Outros, em minúsculos cofres de prata ou marfim ancestrais. No entanto, as embalagens comerciais de rapé mais comuns, atualmente, são singelas e democráticas latas de aço, como as usadas para acondicionar pomadas (foto). Ao que se tem notícia, um dos poucos municípios onde ainda se fabrica o produto no país é Guarani, em Minas Gerais, que oferece pelos menos duas marcas: Moeda, em vários aromas, e Imburana. Não é um pó qualquer: é tudo rapé puro, em inconfundíveis cores escuras, feito exclusivamente à base de tabaco.

IVº Centenário no Dadinho!




Causa certa confusão, na embalagem do doce de amendoim Dadinho, da Dizioli, a destacada inscrição "IVº Centenário". Esclarecendo, não se trata de um produto com quatro séculos de vida. Ocorre que IVº Centenário é o nome original da guloseima, lançada justamente há 50 anos, quando a cidade de São Paulo comemorava a data histórica. No entanto, o apelido que a população deu ao produto, devido ao seu formato, pegou – e ele logo foi adotado pela Dizioli. Em tempo: segundo a fabricante, o Dadinho foi um dos primeiros produtos nacionais a utilizar papel metalizado como embalagem, uma novidade na época de seu lançamento.

O sugnifica Spam?



No jargão dos internautas, o termo que denomina os e-mails não solicitados enviados em massa deriva de um dos ícones de consumo dos americanos, a marca de carnes enlatadas Spam. Em um esquete televisivo do grupo humorístico inglês Monty Python, que ia ao ar na década de 70, um faminto grupo de vikings entrava num restaurante que só servia enlatados e, em coro, começava a gritar: "Spam, Spam, Spam!". O ruído impedia os demais clientes de conversar. Daí a palavra ter se tornado sinônimo das mensagens que hoje congestionam as caixas de entrada e dificultam a comunicação eletrônica. Feito desde 1937 pela Hormel Foods, o Spam – o quitute, não a prática indecorosa – abasteceu as tropas ianques enviadas à Segunda Guerra Mundial e é um sucesso até hoje nos Estados Unidos, onde conta com museu e fã-clube.



O que significa o nome do refrigerante de limão 7 UP?



A resposta é simples: não se sabe ao certo. Como o criador da bebida, o americano C.L. Grigg, nunca disse o porquê do nome, diversas lendas surgiram. A mais popular diz que Grigg batizou seu refrigerante após ver um ferro marcador de gado com o número 7 e a letra u. Outras sugerem que o nome reflete os sete ingredientes mais a carbonatação da bebida, ou que o inventor pensou na combinação enquanto jogava dados. Mistério...

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Água Perrier (IDÉIA DO PACIENTE INGLÊS )

Já nos tempos do Império Romano sabia-se da qualidade da água de uma certa nascente chamada Les Bouillens, situada em Vergèze, na França. Em 1863, o então imperador Napoleão III permitiu o desenvolvimento dessa fonte, direito que trinta anos depois foi passado a Louis Perrier, um médico que estudava terapias termais. Um paciente inglês de Perrier, o aristocrata Sir St-John Harmsworth, gostou tanto daquela água que comprou a nascente e a rebatizou com o sobrenome do doutor. Pouco depois, em 1903, estreava na Europa a famosa garrafa de vidro verde da água mineral Perrier, que se tornaria sua marca registrada. A embalagem foi idéia de Harmsworth: sua forma remetia à das clavas indianas que o inglês utilizava em sessões de fisioterapia, pois ele ficara paralítico em um acidente de automóvel.

"A NATUREZA É SÁBIA"



No início do século 18, ao observar vespas sugando madeira, transformando-a em polpa com a saliva e espalhando-a nos ninhos, o físico francês René de Reaumour descobriu o método de fazer papel. Exposta ao ar, a polpa secava e adquiria aparência de um material semelhante ao que viria a ser o papel. Mas a idéia só foi posta em prática em 1852, quando um tecelão alemão, Frederic Keller, construiu a primeira máquina para triturar madeira não seca, para fabricar papel-jornal.

VOCÊ SABIA?

Gillette

• 51 foi o total de aparelhos de barbear vendidos pelo ex-comerciante de rolhas King Camp Gillette em 1901, ano em que patenteou sua famosa lâmina de barbear. O exercício seguinte já seria bem mais generoso: 90 884 aparelhinhos seriam comercializados.

Velcro

• O inventor suíço Georges de Mestral registrou, em 1951, o velcro. Ele teve a idéia ao observar, num microscópio, carrapichos que haviam grudado em sua calça durante um passeio com seu cão. O nome combina as primeiras sílabas do francês velours (veludo) croché (enganchado).

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Lenda Urbana



As chamadas lendas urbanas, nascidas não se sabe como, por vezes podem criar verdadeiras dores de cabeça. Que o diga a Associação Brasileira do Alumínio (Abal), cujos telefones e e-mails vivem atolados com pedidos de informações sobre como proceder para vender lacres de latas de bebidas. Ocorre que se espalhou a lenda de que 1 quilo dos anéis das latinhas, "poupado" numa garrafa de PET de dois litros, valeria mais de 200 reais no mercado da reciclagem. Só que, como a Abal esclarece, os lacres, soltos, não têm valor comercial. As recicladoras processam as latas inteiras com ou sem os lacres, mas não os compram separadamente, pois podem se perder durante o transporte e a peneiragem do material. Aliás, como ressalta a entidade, o sistema atual de abertura das latinhas " o stay-on-tab, ou "tampa ecológica", apelido ganho no Brasil - foi adotado justamente para manter o anel preso à tampa.

Código de Barras

Precisamente às 8h01min da manhã do dia 26 de junho de 1974, um pacote de chicles Wrigley' passava pelo leitor do caixa de um supermercado em Ohio, nos Estados Unidos, tornando-se o primeiro produto a utilizar o código de barras. O hoje onipresente sistema computadorizado de identificação foi inventado pela IBM e aprovado para uso em 1973. A versão original, chamada Universal Product Code (UPC), é a base do código de barras americano, que usa 12 números. Posteriormente, desenvolveu-se na Europa o sistema EAN (European Article Number), com 13 números. Hoje, diversos tipos de códigos de barras simplificam a vida da indústria e do varejo, e sua presença não causa estranheza. No início de sua implementação, no entanto, havia quem lhes torcesse o nariz: designers de embalagens e de capas de livros, que os consideravam uma indesejável intrusão gráfica em seu trabalho.

"Água da Vida"



Apesar de haver anotações históricas de que no século XI, na Pérsia, produzia-se uma bebida alcoólica transparente e inodora similar à vodca, os russos garantem que o destilado foi uma descoberta deles e que o seu aparecimento se deu no século XII, na província de Viatka, na Rússia Central. Na época, a bebida era usada para fins medicinais. O nome deriva da expressão russa "Zhiznennia Voda", que significa "água da vida", e vodca significa "pequena água". Diz a lenda que a bebida deu origem ao mais famoso brinde do mundo, "À sua saúde", ou "Nazdorovye", em russo. Em tempo: a etiqueta russa exige que, à proposta dessa saudação, o copo de vodca seja sorvido numa só talagada.

VOCÊ SABIA?

• A escala musical que adorna a embalagem do bombom Sonho de Valsa é de uma valsa de Oskar Strauss.

• O famoso isqueiro Zippo era para se chamar originalmente Clic-Clac, uma onomatopéia de sua abertura e uso. Mas o nome já estava registrado.

• O nome Doriana é originário de uma outra marca de margarina da Unilever, a Dorina, comercializada em diversos países.

• Já o nome Danone foi criado pelo fundador da companhia, o espanhol Isaac Carasso, ao juntar o apelido de seu filho Daniel ("Dan") a "one", pelo fato de ele ser o primogênito.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Esse Jesus era ateu.



Quem visita o Maranhão encontra Jesus. Não o nazareno, mas sim o secular guaraná cor-de-rosa que faz enorme sucesso na terra dos Sarney, onde ameaça até a liderança da Coca-Cola em refrigerantes. Até hoje a fórmula da bebida é a mesma criada em São Luís pelo farmacêutico Jesus Norberto Gomes em 1920, quando este acabara de importar uma máquina de gaseificação. Seu objetivo era produzir magnésia fluida, um remédio então na moda, o que não deu certo. Resolveu, dali, fazer uma bebida para os netos, a partir de 17 ingredientes que descobrira em viagens pela Amazônia. O doce sabor de canela e cravo e a cor exótica impulsionaram a fama do guaraná, que virou instituição maranhense. As embalagens do Jesus estampam o mesmo slogan há décadas ("o sonho cor-de-rosa") e o logotipo do produto nasceu da assinatura do seu criador. Curioso, nessa história, é que o farmacêutico Jesus era ateu e foi excomungado pela Igreja depois de uma rinha com um padre.



Brasões

Na História, os brasões sempre tiveram papel de distinguir classes, numa moda que passou a vicejar sobretudo a partir da época medieval. Áreas como as de papel e de impressão também tiveram símbolos para suas agremiações e corporações de ofício. Reproduzimos, abaixo, alguns deles.

As imagens e descrições são cortesia da Brasilcote.

EMBLEMA DOS PAPELEIROS




Na idade medieval, os papeleiros, assim como os impressores tipográficos e encadernadores, eram considerados integrantes do grêmio dos pintores e desenhistas. O santo deles era São Lucas, que, segundo lenda, estava sempre acompanhado por um boi alado. A cabeça do boi é uma das mais antigas marcas de papel. As impressões bíblicas de Gutenberg no ano de 1455 foram executadas sobre papéis que levavam essa marca. Os três retângulos no escudo simbolizam folhas de papel.


EMBLEMA DOS IMPRESSORES TIPOGRÁFICOS, TIPÓGRAFOS E FOTOCOMPONEDORES


O brasão com a águia de duas cabeças, que tem na garra esquerda um porta-manuscrito e na direita um componedor, foi outorgado aos impressores tipográficos e tipógrafos em 1470, pelo imperador Federico III. Em 1650, o imperador Ferdinando I acrescentou a ave grifo, que tem nas suas garras dois entintadores, ferramenta fundamental dos impressores antigos.


BRASÃO DOS LITÓGRAFOS, IMPRESSORES LITOGRÁFICOS E DE OFF-SET


O escudo da esquerda representa as ferramentas dos litógrafos e contém duas áreas com as letras SNE, lembrando o inventor da litografia, Alois Senefelder. No escudo da direita encontram-se o rolo, a almofada para entintar e a pedra de cal. O elmo tem na parte superior um heraldo que mostra o brasão dos pintores. A legenda no pé, "Saxa Loquuntur", significa "pedras que falam". O brasão, do austríaco Ferdinand West, é de 1879, e foi o vencedor de um concurso da revista oficial dos litógrafos e impressores litográficos de Viena.

EMBLEMA DOS FOTOGRAVADORES E GRAVADORES DE CLICHÊS



O brasão simboliza, à direita, um garrafão de ácido, e à esquerda um rolo para tinta. O sol nascente representa a luz usada na cópia. Os girassóis simbolizam o material que será exposto à luz, copiado ou sensibilizado. A legenda "In Luce Mundus" significa "na luz está o mundo". O brasão foi criado pelo pintor Franz Stuck, de Munique, no ano de 1884.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Sabia que o WAR é brasileiro?




No fim dos anos 60, quatro amigos recém-formados engenheiros pela Universidade de São Paulo decidiram abrir um negócio em conjunto. Pensaram em confecção, corretora de valores ou empresa de instrumentos de precisão, mas, vendo que as opções em jogos para adultos eram parcas e, mormente, importadas, decidiram aventurar-se no campo do entretenimento. Fundaram, então, a Grow. Seu primeiro produto foi o jogo de tabuleiro WAR, lançado em 1972. Com produção inicial de 5000 unidades e vendido pelos quatro sócios de loja em loja, o jogo logo se tornou um sucesso estrondoso ao combinar estratégia e simulação de guerra. Trinta anos após o seu nascimento, o WAR ainda é um hit, e conta com quatro versões no mercado, para todos os gostos.

Cuba Libre



Virada do século 19 para o 20, Guerra Hispano-Americana, na Cuba ocupada pelos Estados Unidos. Numa tarde de folga num bar, soldados do corpo do Exército Notável americano observaram um capitão adentrar o recinto e pedir rum Bacardi com Coca-Cola, gelo e uma rodela de limão. O oficial sorveu a mistura com tal prazer que os infantes também pediram uma rodada da exótica bebida. Quando o pedido chegou à mesa, um dos soldados sugeriu um brinde, ao que o capitão elevou seu copo e gritou "Cuba Libre!", apropriando-se do grito de guerra que tinha inspirado os cubanos vitoriosos em sua Guerra de Independência. O coquetel ganhou nome, fama e o mundo.

O PÓ PREFERIDO DO IMPERADOR



Ao desembarcar no Rio de Janeiro aos 14 anos e com parcas economias, em 1860, o português José Antônio Coxito Granado conseguiu um emprego de lavador de frascos em uma pequena botica. Logo foi convidado a dirigi-la e, em 1870, arrematou-a por 7 contos de réis. Fundou, assim, a Casa Granado. Graças à qualidade de seus produtos, a loja tornou-se fornecedora da corte imperial, instalada na então capital do Brasil. Granado virou até amigo pessoal de Dom Pedro II e teve, entre outros clientes ilustres, Rui Barbosa, José do Patrocínio e Oswaldo Cruz. Em 1903 ele criou, com a ajuda de um irmão farmacêutico, o famoso Polvilho Antisséptico Granado, um sucesso que continua até hoje no mercado.

Você sabia?

Nescau
• Lançado no mercado brasileiro em 1932, o achocolatado da Nestlé inicialmente chamava-se Nescáo. A mudança para Nescau aconteceu só em 1955.

Ypioca
• A cearense Ypióca, uma das caninhas mais famosas do Brasil, foi vendida exclusivamente, de 1846 a 1900, em tonéis especiais chamados ancoretas.

A primeira pasta de dentes.



Foi descoberta recentemente, em uma coleção de papiros egípcios da Biblioteca Nacional de Viena, na Áustria, o que os cientistas acreditam ser a mais antiga fórmula de pasta de dente. Datada de 4 a.C., a "bula" descreve como ingredientes do creme dental sal, menta, pimenta e flor íris seca. Até então, a receita mais antiga fora encontrada numa correspondência entre monastérios trocada no século 4 d.C. A primeira pasta dental comercial do ocidente surgiu em 1873. Antes disso, costumava-se limpar os dentes com uma mistura de sabão e água salgada. Nesse quesito, os faraós realmente eram mais sábios...


3M



A história da logomarca da gigante americana Minnesota Mining & Manufacturing, a conhecida 3M, relata bem a evolução da preocupação das grandes companhias com sua marca. No início, diversos logos eram criados e abandonados sem muito critério. A partir do crescimento da empresa e de sua internacionalização, logos mais organizados foram criados, mas as variações ainda pululavam. Na década de 70, com a grande diversificação de suas atividades e uma maior presença junto aos consumidores finais, a 3M resolveu se modernizar radicalmente. A agência americana de design Siegel & Gale foi contratada e estudou a empresa, definiu um longo plano de branding e criou, em 1978, um logotipo que agradou em cheio " tanto que ele é mantido até hoje.

A Coca tinha coca?




Por conta de seu sucesso, a Coca-Cola viu nascer, no início do século passado, a rival Koca Nola Company. Para a alegria da Coca, a Koca teve vida curta, para a qual pesou bastante um qüiproquó judicial, em 1910, quando os fabricantes da Koca Nola foram condenados por maquiar o produto. O rótulo da bebida trazia o slogan "delicious dopeless" (delícia que não dopa), mas testes encomendados pelo governo americano comprovaram que sua fórmula continha cocaína. Que se explique: a condenação se deu pela propaganda enganosa, não pelo uso da cocaína. Diz-se que a própria Coca-Cola tinha, até 1905, a droga em sua composição.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Papél alumínio

O costume de usar as lâminas de alumínio em assados surgiu pouco antes da II Guerra, quando a mulher de um executivo da Reynolds nos Estados Unidos quis preparar um peru para o Dia de Ação de Graças. Na falta de uma forma adequada, ele sugeriu envolver o peru numa amostra do produto que tinha em sua pasta. Como praticamente toda a produção do metal era usada para fins bélicos, foi preciso esperar o fim do conflito para difundir o novo uso. Hoje os rolos de aluminium foil estão presentes em 98% das cozinhas americanas.

Lego



Desanimado com a falta de emprego causada pela Grande Depressão de 1929, o marceneiro dinamarquês Ole Kirk Christiansen botou o espírito empreendedor para funcionar e, em 1932, arriscou suas economias num novo negócio: uma pequena fábrica de brinquedos de madeira. Em 1934, ele adotava a marca LEGO para sua empresa e seus produtos, uma junção das primeiras sílabas da expressão dinamarquesa "leg godt" (jogue bem). Descobriu-se, posteriormente, que a palavra também significava "eu uno" em latim. Nasceu daí a idéia de lançar bloquinhos de montar, que surgiram em 1942, já feitos de plástico. O subseqüente sucesso da marca só reforça a máxima "crises também trazem oportunidades".

Ziper.




Lançado inicialmente para sapatos, o fecho ecler é uma prova disso: trata-se de corruptela da expressão francesa fermeture éclair, ou fechamento relâmpago, numa alusão à rapidez de abertura e fechamento, comparado aos tradicionais botões e colchetes. Em português, há o sinônimo zíper, do inglês zipper, que inicialmente era a marca registrada de uma galocha com esse fecho, fabricada pela empresa B.F. Goodrich (que também "calça" automóveis). O nome seria uma espécie de onomatopéia: "zip" é o som do fecho ecler ao ser aberto e fechado rapidamente.

O SENTIDO DAS PALAVRAS



A palavra "plástico", originária do grego plastikós via latim plasticus, é o típico exemplo do adjetivo que virou substantivo. No primeiro caso define a propriedade de um material adquirir formas diversas e com diferentes graus de estabilidade, por efeito de uma ação exterior. Assim, seria correto dizer que embalagens de vidro (como esta acima), latas de aço ou de alumínio e estojos de papel cartão são "plásticos". Só não é apropriado, pois em meados do século XIX a palavra foi substantivada, passando a designar substâncias químicas sintéticas que podiam ser moldadas (ou sopradas) a critério do artista ou fabricante.

Origem da palavra candidato.



A palavra candidato surgiu na Roma antiga, onde assim eram chamados os homens públicos que pleiteavam cargos eletivos e vestiam branco para apresentar-se ao povo no Campo de Marte, área de manifestações políticas na cidade.
O branco era sinal de pureza, de modo que quem o vestisse era "cândido", isto é, alvo, imaculado. Talvez os candidatos o fossem, naqueles tempos.

O primeiro saquinho de chá



O primeiro saquinho de chá, feito de musselina, foi criado em San Francisco, EUA, em 1919, por Joseph Kreiger, com fins de amostragem para confeitarias e casas de chá. Em meados dos anos 30 do século passado, a novidade começou a ser difundida para consumo doméstico e a ser exportada para a Inglaterra. Mas os ingleses, extremamente conservadores quanto à forma de fazer chá (uma colher por xícara e "uma para a chaleira", em água fervente por 5 minutos), resistiram muito a adotar os sachés. Estes só começaram a entrar em quantidades expressivas no país pouco antes da II Guerra Mundial. Em 1952, uma empresa britânica passou a produzi-los localmente. Nos anos 90 os saquinhos já respondiam por 75% do total comercializado na Inglaterra.

ADEUS AO ABRIDOR DE BOLSO



As primeiras cervejas em lata, surgidas nos anos 50, não causaram entusiasmo. Motivo: era preciso ter sempre à mão um abridor para poder usufruir a bebida. O problema foi resolvido em 1962, quando a Alcoa mostrou à companhia americana Iron City Brewery sua invenção, o hoje popular sistema pull-top, para abrir latas com a ajuda de anéis. A diferença do sistema original para o atual era que, após a abertura, o anel se desprendia da lata, tendo que ser dispensado separadamente. Com a posterior invenção da lata snap-top, esse incômodo também acabou, assim como diminuíram as falcatruas que eram feitas com a peça solta, como o seu uso para quebrar parquímetros.

Papelão ondulado, mais de 100 anos de existência

Nascido da crescente necessidade de empacotar e proteger produtos, o papelão ondulado já tem mais de um século de história e, apesar de consideráveis mudanças, as embalagens modernas feitas com ele não são tão diferentes das utilizadas há cem anos. Em 1856, os ingleses Edward Charles Healey e Edward Ellis Allen obtiveram a patente para o primeiro uso conhecido de papelão ondulado, aplicado em forro de chapéus. Entretanto, esse não era o papelão ondulado que ficou conhecido. Em 1871 foi registrado o primeiro uso do material como embalagem: o americano Albert Jones obteve uma patente para o uso do papelão ondulado para acondicionar artigos frágeis, como garrafas e frascos. Três anos depois, também nos Estados Unidos, Oliver Long patenteou o conceito de unir uma folha lisa a um papel corrugado, para fortalecer o material, criando o papelão ondulado utilizado até hoje.

Você sabia que a Sevenboys ainda existe...


...mas se quiser ver terá de sair de São Paulo:






A Seven Boys surgiu em Santos (SP). Em 1950, os imigrantes japoneses Jinko e Kiyotero Yonamine começaram a atuar no ramo da panificação. A marca surgiu inspirada no número 7, considerado cabalístico no Japão, e na popularidade da palavra boy. Desde a fundação, a bisnaguinha foi o produto de maior sucesso. Em 1985, os irmãos decidiram dividir os negócios. Jinko ficou com a marca Seven Boys e Kiyotero adotou o nome Panco. Por um acordo deles, a Seven Boys não pode atuar nos mercados de São Paulo e Rio de Janeiro, regiões controladas pela Panco.

UM MOLHO DE PIMENTA EM EMBALAGEM DE PERFUME



A cada vez mais onipresente marca Tabasco de molhos de pimenta não teria surgido se não fosse a Guerra Civil Americana. Em meio ao conflito, ocorrido entre 1861 e 1865, Edmund McIlhenny, um banqueiro de Nova Orleans, foi obrigado a fugir com a família para o Texas. Quando voltou à Louisiana, os bancos estavam arruinados, e ele se viu compelido a mudar de ramo. Passou a se dedicar ao cultivo de cana-de-açúcar. Como hobby, começou a cultivar uma horta, onde plantou algumas sementes secas da pimenta Capsicum frutescens, que ganhara de um amigo recém-chegado de uma viagem à América Central.
Foi aí que o ex-banqueiro teve a idéia de preparar um molho picante à base de vinagre e sal. A família e os amigos foram os primeiros degustadores. Todos aprovaram o sabor, e estimularam o negócio. Em 1869, McIlhenny preparou 350 garrafas do produto e levou a um distribuidor local. Dois anos mais tarde, os frascos de Tabasco já eram vendidos em Nova York e outras cidades americanas. Atualmente o molho está presente em 110 países, com venda anual de mais de 110 milhões de unidades. Uma curiosidade: o inconfundível frasco de vidro, com o rótulo colado na diagonal, seria destinado originalmente a perfumes, tendo sido adotado na falta de outro mais adequado ao produto. É o típico acaso que leva ao sucesso. Hoje a marca Tabasco é apresentada em variada e criativa linha de sabores e de embalagens.


O surgimento do chiclete

Durante uma viagem ao México, em 1869, um anônimo habitante de Nova York, Thomas Adams, interessou-se por uma substância que os maias mascavam havia mais de mil anos. Chamava-se "chicle" e era extraída da sabodilha, uma árvore nativa. Como bom ianque, Adams levou uma amostra para os Estados Unidos, pensando em sua industrialização. Tentou, primeiro, misturar o chicle com borracha, de olho na nascente indústria de pneus para automóveis. Depois, já com a ajuda do filho, Junior, misturou a substância com parafina, visando ao público infantil. O produto, na forma de esfera, era embrulhado em papel colorido. Foi um sucesso. Logo começou a produção industrial, com o chicle em forma cilíndrica e sabor licoroso. Somente alguns anos de sucesso depois é que foi introduzido o formato tablete, já em caixinhas. Nas primeiras décadas do século XX o chicle já corria o mundo. Chegou ao Brasil na época da II Guerra Mundial.

Papél teve contribuição árabe

O papel, inventado na China por volta do século I da Era Cristã, somente chegou à Europa na Idade Média, levado pelos árabes, que tiveram contato com o material no século VIII, quando viajavam pela Rota da Seda para comerciar. Não se sabe por que, a fabricação, que florescera no mundo islâmico, virtualmente desapareceu por volta do século 16, e a impressão só foi assimilada no século 18. Por essa época, a Europa estava publicando os relatos da história mundial que prevaleceram. Neles, a contribuição árabe que o papel traria para o conhecimento e, mais tarde, para o desenvolvimento das embalagens industriais foi praticamente ignorada.

O logotipo da Nissan possui três significados





Detentora da marca Miojo, que virou referência de macarrão instantâneo, a Nissin possui um logotipo cheio de conceitos. Segundo a empresa, o nome é estampado em branco sobre fundo vermelho para passar a idéia de saúde e higiene. Ele é inserido em um semicírculo vermelho que traz três significados básicos: 1) representa a metade do mundo, indicando a postura internacional da empresa 2) é uma analogia a um sorriso, simbolizando a felicidade 3) simboliza uma tigela, usada para servir o macarrão instantâneo em seu país de origem, o Japão.