De onde surgem marcas que, em vez de nomes, são números? Um exemplo famoso, o do VAT 69, tem origem clara: refere-se ao número do barril ("vat", em inglês) em que a destilaria do famoso scotch envelhecia seu produto. Segundo os apreciadores, o uísque daquele barril ganhava sabor especial. No caso da mais popular cachaça do Brasil, a Pirassununga 51, a origem do nome é fonte de controvérsia entre torcedores de times de futebol. Palmeirenses afirmam que a marca foi uma homenagem dos fabricantes à conquista da Taça Rio (Torneio Mundial Interclubes) pelo seu clube. O ano era 1951, e a vitória do Palmeiras (sobre a Juventus da Itália, que não tinha nada com a coisa) foi considerada uma espécie de vingança nacional contra a derrota do Brasil no Mundial de 1950 para o Uruguai, no Maracanã. Os palmeirenses se apóiam no lançamento, em 1951, de uma "Caninha Super Especial", a Palmeiras 51. Era um "produto adquirido dos melhores fabricantes de Pirassununga" e engarrafado por Irmãos Piccolo, de Santa Cruz das Palmeiras (SP), firma que teria sido comprada pela Indústrias Müller de Bebidas, atual dona da marca Pirassununga 51, a mais vendida no Brasil e exportada para vários países. A empresa, que este ano comemora cinquenta anos de fundação, confirma que a marca foi adquirida por ela, mas não tem registro do nome do antigo dono. Seria a Palmeiras 51? Para os palmeirenses vale a versão.
Troféu João Sasaki 2017 - 400 metros
Há 7 anos
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